Quem
é aquela no alto daquela janela?
Que
quando passo esqueço do pôr do sol
Seu
sorriso brilhante incandesce minhas vistas
Atravessando
a retina sinto meu corpo cambalear...
Seu
vestidinho florido cheio de girassóis
Aquele
rostinho lindo, parece que foi esculpido,
O
vento vem logo sacudindo seu longo cabelo comprido,
Sua
pele macia, eu sabia sem se quer tocar,
Porém
ela estava lá em cima e eu embaixo somente a me deleitar
Com
mais rara beleza que se pôde narrar,
Nesse
instante então as crianças começam a gritar:
“liga
a tv que o chaves vai começar”,
Por
um momento me desconcentro e começo a procurar
Onde
está aquela da janela que me fez hipnotizar?
Eis
que vejo as janelas amadeiradas, fechadas...,
Ela
havia ido embora de mãos dadas com o sol...
A
escuridão então começa a se manifestar,
O sol
se foi para a lua tomar o seu lugar
No
silêncio das ruas, as cigarras começam a cantar,
Sigo
então o meu caminho lembrando sempre daquele olhar...
Poucos
passos depois já chegando ao fim, daquela rua pedregosa, eis que percebo um
vulto de luz por onde eu acabara de passar
Então
deslocando as vistas para trás eis que vejo, ela, sim é ela!!
Coração
dispara, “minha bela retornou!
A
escuridão se iluminara, o brilho do seu sorriso trouxe vida para aquele lugar,
eis que a rua pedregosa era onde eu queria morar...
Nesse
momento então ela vai para o meio da rua, leva suavemente a mão até seus pequenos
e delicados lábios, jogando um beijo em minha direção, então logo trato de
agarrá-lo, com medo do vento levá-lo para outra direção, seguro-o com toda
sutileza e num gesto único levo ao meu coração, ela ao ver esta cena se despede
com muita emoção...
Logo
que ela fecha a porta, eu começo a imaginar, espero vê-la novamente, em meus
sonhos e pensamentos, mas quem sabe, talvez um dia, nossos caminhos possam se
cruzar, por enquanto eu sigo sozinho, na esperança de mais uma, duas, três
vezes encontrar
Aquela
bela da janela, que fez meu louco mundo parar de girar... e um coração
amarrotado ela pôde desamassar...

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