"Os olhos são os intérpretes do coração, mas só os interessados entendem essa linguagem."
(Blaise Pascal)

segunda-feira, 23 de março de 2015

A Menina do Mar

Eis que amanhece o dia, o sol já desponta no horizonte,
aos poucos se agiganta sobre a superfície azul do mar,
A bela menina então acorda com um raio de sol rente ao seu olhar
aquela fresta no telhado por onde o Sol parece lhe chamar:
"Corre depressa bela menina é hora de sonhar!!"

Eis que a menina salta da cama, engole seu café, e segue o Sol,
Tão formosa e tão faceira de longe ela já avista a imensidão de azul, de céu e de mar, até onde seus olhos pequenos conseguem alcançar...
Então ela desse o morrinho de areia indo de encontro àquelas águas que parecem lhe hipnotizar, respiração ofegante, coração disparado,
Como explicar tamanha paixão desta menina pelo mar?

Quando ela põe os pés na areia parece pisar em algodão,
O chão parece reconhecer as passadas de carinho e devoção
O vento já a recebera balançando seus cabelos negros, jogando-os para os lados avisando a todos que enfim ela retornou,
Enquanto isso as ondas quebram na areia o mar agitado parece feliz por saber que ela CHEGOU!!...

A menina então corre em direção ao mar, para as ondas que parecem querer lhe abraçar, um reencontro de amores, de amigos de irmãos...

Enquanto alguns ouvem canções de amor, ela ouve a canção do mar,
De olhos fechados deitada na areia, ela para a vida para poder escutar,
nada mais importa, o mundo lá fora não pode lhe tocar
Agora ela se sente protegida, acolhida...

Os seus sentimentos voam a favor do vento, que espalha seus pensamentos por onde ele os possa levar, sem limites ou barreiras, levando consigo as dores, as tristezas, as decepções, trazendo a serenidade, a tranquilidade a simplicidade.

Todo mundo tem seu “cantinho” no mundo, mas ela tem um "cantão",
A praia não é sua casa, ela é seu lar, o céu azul é seu teto brilhante
A areia é o seu tapete de linho fino, suas paredes são as “pedras de sal”
O Sol é sua lâmpada vigorosa que ilumina seu mundo, aquece a alma, enquanto os ventos envolvem o seu corpo chamando-a para dançar...

Com seus olhos serenos repletos de alegria ela observa o horizonte, parece que pode ouvir os pensamentos do mar, eclosão de sentimentos, compartilhados com cada onda que ela pode alcançar... Momentos que da memória jamais se pode apagar.
Depois do reencontro eis que chega a hora de partir, o Sol começa a se esvair, encoberto pela terra ele anuncia que "o dia", está chegando ao fim.

A bela menina então acompanha o mesmo Sol que a acordara pela manhã, "é hora de ir minha doce menina o sonho por enquanto acabou.”
O vento frio já começa a chegar, a maré já subiu, é como se as ondas a quisessem levar: ”por favor, não vá.... shuuaaa”.
A areia já escura e encharcada apagara seus rastros deixados no entardecer, porém as marcas do tempo jamais hão de desaparecer...

A menina por fim sobe o morrinho de areia, cravando os pés, porque não quer ir embora, mas dá um leve sorriso, acompanhado de uma lágrima que escorrega sutilmente por sua meiga face, o sorriso é pela lembrança que jamais se apagará, a lágrima pela despedida, mas ela sabe que podem lhe tirar tudo, mas a paz que o mar lhe traz... “Aaah!” isso não conseguiram jamais.

Ao longo de todo o caminho pra casa ela sempre olhava por cima do ombro, Sussurrando: "Não se preocupem meus amigos eu irei retornar, pra viver mais um sonho, sob o sol, sobre a areia, em frente ao mar...”


Quem conseguir desvendar os mistérios e segredos desta menina com o mar, poderá quem sabe, um dia, encontrar o caminho para lhe conquistar, mas, por enquanto, somente a imensidão do mar foi capaz de abraçar a imensidão que habita naquela “Menina do Mar”...


A Bela da Janela


Quem é aquela no alto daquela janela?
Que quando passo esqueço do pôr do sol
Seu sorriso brilhante incandesce minhas vistas
Atravessando a retina sinto meu corpo cambalear...

Seu vestidinho florido cheio de girassóis
Aquele rostinho lindo, parece que foi esculpido,
O vento vem logo sacudindo seu longo cabelo comprido,
Sua pele macia, eu sabia sem se quer tocar,
Porém ela estava lá em cima e eu embaixo somente a me deleitar
Com mais rara beleza que se pôde narrar,
Nesse instante então as crianças começam a gritar:
“liga a tv que o chaves vai começar”,
Por um momento me desconcentro e começo a procurar
Onde está aquela da janela que me fez hipnotizar?

Eis que vejo as janelas amadeiradas, fechadas...,
Ela havia ido embora de mãos dadas com o sol...

A escuridão então começa a se manifestar,
O sol se foi para a lua tomar o seu lugar
No silêncio das ruas, as cigarras começam a cantar,
Sigo então o meu caminho lembrando sempre daquele olhar...

Poucos passos depois já chegando ao fim, daquela rua pedregosa, eis que percebo um vulto de luz por onde eu acabara de passar
Então deslocando as vistas para trás eis que vejo, ela, sim é ela!!
Coração dispara, “minha bela retornou!
A escuridão se iluminara, o brilho do seu sorriso trouxe vida para aquele lugar, eis que a rua pedregosa era onde eu queria morar...

Nesse momento então ela vai para o meio da rua, leva suavemente a mão até seus pequenos e delicados lábios, jogando um beijo em minha direção, então logo trato de agarrá-lo, com medo do vento levá-lo para outra direção, seguro-o com toda sutileza e num gesto único levo ao meu coração, ela ao ver esta cena se despede com muita emoção...

Logo que ela fecha a porta, eu começo a imaginar, espero vê-la novamente, em meus sonhos e pensamentos, mas quem sabe, talvez um dia, nossos caminhos possam se cruzar, por enquanto eu sigo sozinho, na esperança de mais uma, duas, três vezes encontrar

Aquela bela da janela, que fez meu louco mundo parar de girar... e um coração amarrotado ela pôde desamassar...


Grande Abraço


Quando é que queremos um abraço?
Quando estamos felizes? ou tristes? Ou ambos?
O fato é que sempre queremos um abraço,
Seja ele, negro, branco, amarelo ou pardo, abraço magro, gordo, alto ou baixinho e quanto ao tempo?

Tem aqueles demorados que não se quer mais largar, como quem diz “por favor não vá embora, não fique longe de mim",
Ou ainda aqueles de 10 segundos só pra dizer que sentiu um tantinho de saudade, mas que na verdade tem muito mais revelar...

Ainda tem os abraços molhados, sejam pelo suor, pela chuva, ou ainda pelas lágrimas que não se podem controlar.
Tem abraço pesado, leve, apertado e até froxo, tem também aqueles abraços quentes e frios que no momento que se tocam fica tudo morninho...

Tem o abraço de amigo, o de irmão, e também tem aquele abraço de amor, que você sente está segurando o seu mundo, se sente seguro, aquele que faz o tempo parar, você consegue viajar sem sair do lugar

Às vezes você fica pensando no que fazer quando vê alguém triste, torra os neurônios buscando palavras de conforto pra dizer, quando aquele simples e cômodo abraço é o que a pessoa mais precisa pra se reerguer.

Mas afinal porque o abraço tem tanto poder?
Poder de te tirar do tédio, da solidão, mandar a saudade embora, trazer a felicidade da conquista, da comemoração, compartilhar um abraço é dizer que se está vivo, que se sente tudo!

Já dizia aquela bela canção: “o melhor lugar do mundo é dentro de um abraço!”


Então? Já abraçou alguém hoje? Não tenha medo de sentir, demonstre que você quer ser feliz, mesmo que por um instante, abrace a vida, abrace a sua felicidade, simplesmente abrace aquilo que você quer ter ao seu lado, e em hipótese nenhuma deixe seu abraço aprisionado...


Ama, Desamar, Não Desistir de Amar




Eu tenho que falar
O que não dá mais pra disfarçar
Quando penso em parar de pensar
Tudo volta pro mesmo lugar


Quando quero me afastar

Os sentimentos vêm me angustiar

Mas afinal porque não posso esquecer?

Se no fim das contas só me fez sofrer?

Explicar é tão difícil quanto entender

Coração é um músculo burro pra danar

Mas que quando quer faz o cérebro calar

Sem precisar pestanejar

Vai entender essa loucura de amar

Eu te vejo sem se quer te olhar

Nos meus sonhos e pesadelos

Lembranças que não vivi, mas que teimam me perseguir


O que dizer de tudo o que sei?

Só sei que nada eu sei, já dizia o pensador

Pobre homem sonhador, buscando encontrar amor

Ninguém pode mendigar sentimentos pra quem não os tem

Melhor seguir sorrindo mesmo q não esteja tudo bem


Continuarei a sair pelo mundo vivendo um pouco de tudo,

Abrindo o coração a quem aceitar um convite pra sonhar

Um dia quem sabe encontrarei alguém que sonhe como eu

Então iremos trilhar um caminho que ninguém conheceu

Por que tudo o que preciso pra viver é ter alguém pra confiar

Na luta, na vitoria e na dor, q simplesmente saiba estimar...

Enquanto esse dia não consigo alcançar

O jeito é olhar pra cima e continuar a imaginar

No dia que tiver de ser, será!

Sigo aqui com meus pensamentos, os turbulentos!

Sem perder a esperança de um dia descansar...


Penso, Logo Escrevo...


A exteriorização de sentimentos, pensamentos e emoções são inerentes a qualquer ser humano, a maneira como cada um expõe esses atributos é que pode ser diferente.
    Uns gostam de falar, seja sozinho, ou com um grande amigo, ou até mesmo com desconhecidos, o que interessa pra elas é "botar pra fora" aquilo que lhe incomoda ou aquilo que ele julga ser importante, mesmo que a outra pessoa não esteja nem um pouco interessada no assunto. Já outras pessoas preferem escrever, buscando por meio das palavras, emaranhadas em frases e sentidos, expor o que toma conta de sua mente, explorando as palavras para tentar fisicamente exprimir os sentimentos instigados em cada momento da vida.
       Portanto escrever para alguns é uma forma de amenizar os pensamentos, esvaziar a cabeça, compartilhando com os leitores aquilo que passa em sua mente, suas percepções, seus ideais e pontos de vista sobre tudo e sobre todos, pode se dizer que quando um escritor está em êxtase, as palavras caem como as águas de uma cachoeira, onde o escritor tem por função dar curso a cada corrente que passa, para que os leitores possam de fato compreender os objetivos da exposição escrita dos sentimentos do autor.
       Escrever é transmitir mediante textos e mais textos o mundo em seus mais variados aspectos e sensações, visto do interior de um ser humano mediante o uso de vogais e consoantes...